Coordenadora do Colégio da SAEA fala sobre o ensino híbrido em entrevista para a Rádio de Goiânia
08 mar 2021
A volta às aulas foi um dos assuntos mais comentados desde o início do ano. Por conta da
pandemia, e das incertezas que a acompanham, muitos questionavam se os Colégios iriam
retomar as aulas presenciais ou se permaneceriam apenas com o ensino on-line.
Foi aí que, mais uma vez, o ensino híbrido ganhou força. A modalidade que mescla aulas
on-line e presenciais, foi uma solução tanto para os pais que torciam para a volta dos filhos
à Escola, quanto para aqueles que ainda estavam inseguros.
Desde o ano passado, as equipes dos Colégios da SAEA se preparavam, com intensos
treinamentos ministrados pela Consultoria do Einstein, para fazer com que as aulas
presenciais acontecessem com segurança.
Em uma entrevista para a Rádio Interativa, no programa Falando Sério, Adriana Freitas,
Coordenadora Pedagógica do Colégio Agostiniano Nossa Senhora de Fátima, mantido pela
SAEA, contou um pouco sobre a condução dos protocolos de saúde e segurança adotados
pela Escola.
O Colégio Agostiniano foi um dos primeiros na cidade a implementar o sistema híbrido de
ensino. Para Adriana, a situação não é a ideal, mas, para o momento, é sim a melhor
alternativa, visto que, com a autorização do Governo do Estado, a equipe teve a
oportunidade de voltar à rotina, cumprindo com a responsabilidade social.
A Coordenadora reforça também a adoção do sistema de bolhas, formado com a divisão de
turmas dentro da capacidade limite de 30% de ocupação para cada faixa etária, que
possibilita acolher os estudantes com segurança. Dependendo da quantidade de alunos,
eram formadas duas ou três bolhas, que se revezavam diariamente ou semanalmente.
Visto que as crianças da fase da Educação Infantil, cujo o principal objetivo é a socialização,
não se ajustariam com a rotina de ir à Escola dia sim e dia não, o revezamento de bolhas é
feito semanalmente. Desta forma, os pequenos conseguem se desenvolver de forma
equilibrada de acordo com a sua faixa etária. Já a partir do Fundamental I até o Ensino
Médio, o rodízio é diário, pois a fase de desenvolvimento é mais avançada e requer
acompanhamento mais próximo de um professor. Além disso, os alunos desses períodos,
tiveram muito mais facilidade em se adaptar às aulas on-line.
A implantação das bolhas foi, inicialmente, um desafio para as famílias que tinham filhos de
diferentes idades. Foi preciso uma grande parceria, entre pais e Colégio, para conseguir
conciliar a rotina de todos. Além disso, empatia, proatividade, acolhimento e solidariedade
foram essenciais para impactar o mínimo possível o aprendizado dos estudantes.
Não foram apenas os alunos e professores que sentiram as mudanças, coordenadores e
colaboradores também tiveram que se desdobrar para adequar a infraestrutura do Colégio
para o Ensino Híbrido.
“Todos os alunos, independente de estarem em sala de aula ou em casa, precisavam ter
acesso às aulas com a mesma qualidade de antes. Por isso, preparamos as salas com
câmeras de alta definição, telões e projetores e microfones para aproximar quem está em
casa de quem está no Colégio”, disse a Coordenadora.
O preenchimento do checklist de saúde, feito no SAEA App, também foi pauta do
bate-papo. O protocolo existe para que as famílias dos alunos que estão na bolha
presencial, respondam sobre o estado de saúde atual. É uma pesquisa diária, rápida e de
extrema importância para o Colégio saber se o jovem está apto para frequentá-lo. Caso a
equipe note que há pessoas que não estão respondendo o questionário, uma notificação
deve ser enviada solicitando a participação.
Por fim, como último tema levantado na conversa, as aulas de Educação Física continuam
acontecendo, mas de maneira um pouco diferente. Atividades em grupo e de contato físico
não são permitidas, apenas as individuais e nos locais abertos do Colégio, aproveitando a
ventilação natural que evita a circulação do vírus pelo ar.
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