A Sociedade Agostiniana de Educação e Assistência (SAEA) tem se esforçado para não criar polêmicas ou divisões no meio religioso, respeitando as pessoas e a Igreja Católica, que tanto amamos. Nosso intuito sempre é informar, de modo que as famílias saibam que as obras assistenciais da SAEA continuam da mesma maneira e estão sendo conduzidas da mesma forma.
Lamentamos que exista, de outra parte, o intuito de confundir e difamar, abordando temas polêmicos de forma totalmente parcial. Por isso, nos sentimos no dever de esclarecer que a SAEA vem sofrendo pressões para entregar o controle de seu patrimônio à Ordem de Santo Agostinho (OSA), sem qualquer respeito aos direitos básicos dos padres que o construíram, muitos deles hoje com mais de 80 anos de dedicação à Igreja Católica e às comunidades onde atuam.
O principal direito desrespeitado é o direito de defesa: mesmo após inúmeras tratativas de conciliação, os padres da SAEA não foram ouvidos pelas autoridades eclesiásticas e não tiveram o direito de se defender. E, diferentemente do que foi divulgado pela Ordem de Santo Agostinho (OSA), os padres da SAEA não tornaram particulares os bens e obras religiosas da sociedade.
Desde 1934, esses bens pertencem à uma sociedade civil filantrópica e sem fins lucrativos, que segue fielmente as leis deste País. Importante dizer que, perante a lei brasileira – e até mesmo sob o enfoque canônico – os bens não são eclesiásticos, muito menos de qualquer pessoa em particular. Toda a obra educacional e assistencial, tão bem-conceituada, foi construída e potencialmente expandida a partir do zero pelas mãos e enorme esforço desses mesmos padres.
Esse assunto sempre foi tratado com seriedade, lisura e transparência pela SAEA. Os sacerdotes continuam coerentes às suas crenças e convicções, independentemente de qualquer pressão pela qual estejam passando.
Salientamos que há 90 anos, a SAEA vem realizando um trabalho primoroso com sua equipe, alunos e comunidade em geral, o que resultou em uma reputação intocável, principalmente na área educacional. São décadas e décadas de um trabalho compromissado com a formação de cidadãos cristãos, éticos e solidários.
Além do cumprimento de sua vocação na área da educação, a SAEA exerce sua natureza filantrópica com obediência e caridade, desenvolvendo um amplo trabalho pastoral e assistencial junto a populações de extrema vulnerabilidade social. São mais de 1.800 crianças atendidas gratuitamente pelas creches, 1.000 refeições diárias fornecidas por restaurantes populares, mais de 1.250 cestas básicas distribuídas mensalmente, entre inúmeras outras obras.
Com fé e esperança, os dirigentes da SAEA continuarão a buscar seus direitos de modo a reverter essa questionável decisão.
São Paulo, 24 de agosto de 2019.
José Florencio Blanco Melón
Presidente | Sociedade Agostiniana de Educação e Assistência
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